quarta-feira, novembro 03, 2004

Engodo IV - Povo, e a sua condição de gado

Pelos vistos vamos continuar a ter um palhaço como presidente dos EUA, o que sinceramente não me da vontade nenhuma de rir ao contrário de muitos.

Não é para alarmar mas poderemos estar perante um Alberto João Jardim a nível mundial. Mas até pior, se levarmos em conta o seu fanatismo religioso poderemos estar perante o início de uma idade média e a longo prazo de uma 3.ª guerra mundial.

A continuar assim, poderemos vir a viver novos tempos de evangelização, onde a inquisição irá fazer parte de uma ferramenta com o objectivo de limpar o mundo de todos os pecadores.

Meus amigos, ponham-se a pau, a partir de agora qualquer organismo racional passará a ser um alvo a abater.

A razão humana pode ser esmagada e contornada, Hitler ainda é hoje um homem admirável. And God bless America.


Fundamentalista religioso que encontrou o seu caminho em Deus!!

sábado, outubro 30, 2004

Engodo III – E o vencedor é... Bin Laden!!

Bin Laden veio a público basicamente com o intuito de levar o povo americano a votar Bush. Mas então Bush não é o seu principal inimigo? Na estratégia de conquista mundial é indispensável a existência de um papão para sustentar a política de conquista, imaginem se Bin Ladem tivesse sido capturado ou morto, como é que a administração Bush iria justificar a política imperial que quer prosseguir? Não nos devemos esquecer da utilidade que teve o bloco de leste como ameaça para a liberdade mundial, era chamado o Império do mal, como se houvesse o Império do bem.
Mas afinal o que quer o Bin Ladem? Quer antes de mais o isolacionismo dos Estados Unido, se não vejamos.

Que país vê a sua bandeira queimada pelas manifestações anti-americanas nos países árabes?
Que impacto teve a destruição do edifício das Nações Unidas no Iraque e a morte de Vieira de Mello?
Que impacto teve o atentado em Espanha antes das eleições?
E os atentados sucessivos no Iraque além de raptos?

Começamos a perceber que nos Estados Unidos quem melhor mantém esse mesmo isolacionismo e dessa forma melhor beneficia Bin Ladem é George Bush.

Não vou entrar em especulações sobre se ambos têm um plano conjunto ou não pois isso não é mais do que desperdício de tempo. O que interessa perceber é que ambos servem bem o interesse do outro. Quem é que tem dúvidas que com Bush no poder Bin Ladem irá ter muito maior facilidade em alargar o seu exército de terroristas. E quem é que também tem dúvidas que com Bin Ladem vivo George Bush pode levar a cabo a sua política igualmente terrorista aos vários cantos do mundo em nome de uma erradicação do terrorismo fundamentalista e obstinado. Kerry seria uma pedra na engrenagem para ambos. Para Bin Ladem pois já não poderia com a mesma facilidade dizer que os americanos são uns cruzados com o objectivo de conquistar os países árabes, embora dissesse haveria mais gente árabe a dizer que não era bem assim e com sustentabilidade nessas afirmações. Para Bush e a sua pandilha, seria o início de uma estagnação a vários níveis da política de pilhagem de património alheio, desde logo por Kerry fazer da sua política internacional uma maior multilateridade, que claramente teria de passar pelas nações unidas e que em consequência teria de haver concessões em relação à Alemanha e à França, ou seja todos os planos maquiavélicos de Bush levaria um rude golpe. Mas Kerry tem outro problema, o seu compromisso cada vez maior com o povo americano em relação à economia americana (ver programa político), que o forçará a tomar medidas no que diz respeito ao orçamento astronómico e socialmente insustentável do exercito. Sendo esta última causa de todas a que mais aflige Dick Cheney, pois irá perder o grande negócio que actualmente tem, além de vir a ser alvo de algumas investigações que lhe irão por em maus lençóis. Já para não falar do exército americano, que com Bush poderá continuar a ser tratado como carne para canhão e haverá uma legitimação maior para por em prática o recrutamento obrigatório.
Só espero que uma grande maioria consiga por a razão à frente da paranóia e acabe por derrotar Bush e o seu antigo lacaio, estou obviamente a falar de Bin Ladem.
Para terminar, qualquer outra observação e argumentação não poderá deixar de levar em conta que actualmente se decide entre Bush e Kerry.

Programa Político de Bush:
Página www.georgebush.com censurada fora dos EUA (isolacionismo, lembram-se?) mas podem tirar do seguinte link: http://pimentodocs.tripod.com/
Programa Político de Kerry:
http://www.johnkerry.com/plan/


O PAPÃO Posted by Hello

Economia I - THE NEW DEAL


Building America: Franklin Delano Roosevelt's New Deal Posted by Hello

sexta-feira, outubro 29, 2004

Engodo II - Democracia à americana

Para os que não acreditam (ou insistem em meter a cabeça debaixo da areia) nas jogadas anti-democratas do Bush aqui está um link com uma reportagem da BBC sobre as eleições de 2000.

LINK: http://pimentodocs.tripod.com/


Presidente da DBT Posted by Hello

Engodo I – PS, novos mercenários

O PSD & Co. está no poder contra a esmagadora maioria dos portugueses, mas é preciso ter em atenção que essa coligação agora odiada foi antes apoiada por esse mesmo povo. Não nos podemos esquecer da revolta que era sentida pelos portugueses em relação ao governo de Guterres, revolta essa que levou a uma grande votação em Durão Barroso, visto até como uma espécie de salvador, de Dom Sebastião. Foi devido a essa revolta legítima mas também promovida, que os portugueses decidiram inconscientemente enfiar um tipo de barrete laranja, que lhes daria mares e fundos, que lhes iria trazer a solução para o desemprego, para a saúde, para a educação, até o Durão chegou a dizer, “Não haverá novo aeroporto enquanto estiver uma criança na bicha dos hospitais para ser operada”, enquanto pedia uma maioria absoluta. E o resto é o que se sabe.
A pergunta que se impõe é a seguinte, o que falhou? O que é que se passou? Porque razão o que se fez foi exactamente o oposto do que se disse que se iria fazer?
A resposta é simples, falhou o que infelizmente quase sempre falha no que diz respeito a tomadas de posição por parte da massa popular, tomar as suas decisões com base em garantias. Não se pode apoiar ninguém quando não há garantias de que esse alguém está realmente comprometido com aquilo que promete, porque se o fizermos estaremos a fazer papel de gado provinciano. O gado provinciano é aquele tipo de povo que perante as evidências de estar a ser esquartejado não se apercebe, e continua a pastar.
Evidências? Vou passar a citar algumas, mas em forma de pergunta, pois é altura desse mesmo povo pensar e não estar à espera que o façam por ele.

As privatizações dos serviços públicos são uma coisa boa? Sim ou não.
A produtividade é o real problema deste país? Sim ou não.
São todos igualmente culpados pela situação actual de miséria? Sim ou não.
O povo português é desonesto e precisa de rédea curta? Sim ou não.
Existe uma fuga ao fisco escandalosa por parte da banca nacional? Sim ou não.
A despenalização do aborto é algo que deve ir para a frente? Sim ou não.
O investimento na saúde e na educação é uma futilidade? Sim ou não.
Os beneficiários do Rendimento Mínimo devem ir apagar fogos? Sim ou não.
O contracto a termo certo é uma conquista nacional? Sim ou não.
O desemprego crescente de pessoas qualificadas e não qualificadas é algo inevitável? Sim ou não.
A banca controla este país? Sim ou não.
Terá de haver uma mudança política radical? Sim ou não.
Os meus interesses estão a ser defendidos? Sim ou não.
Qualquer outra questão que me preocupa encontra uma resposta consistente e satisfatória por parte de quem diz poder resolve-la? Sim ou não.

Sim, são muitas perguntas, embora na realidade muito ficou por perguntar, mas é preciso não esquecer que a participação na sociedade consciente não é fácil, mas no entanto é a única forma que temos de vermos os nossos problemas minimamente resolvidos, não existem salvadores, nós temos de ser os salvadores de nós próprios, e a votação num determinado partido não deve ter outro objectivo que não seja a resolução desses mesmos problemas.

É cada vez mais unânime que o PSD & Co. está a levar este país à ruína, mas o que mais importa perceber nem é isso, porque até uma criança o consegue. O que interessa perceber aqui é que isso está a ser feito sem o mínimo receio de futuras eleições, não há uma preocupação real em servir minimamente o povo na óptica eleitoralista, porquê é a pergunta que se impõe. Mais uma vez não vou responder, mas evidenciar a resposta através de perguntas, aqui vão:

O PSD & Co. ficou aliviado ao saber que Sócrates tinha ganho as rédeas do PS? Sim ou não.
Jaime Gama foi a cabeça de lista da moção de Sócrates? Sim ou não.
Sócrates quer evitar a todo o custo alianças à esquerda? Sim ou não.
O PSD & Co. aglomera um conjunto de mercenários ao serviço da banca e da alta finança? Sim ou não.
O PS moderno apresentado por Sócrates não é mais do que um grupo de mercenário a tentar ocupar o lugar de outro? Sim ou não.
O presidente Jorge Sampaio é do PS? Sim ou não.

A resposta a estas perguntas não é simples, mas quando está em jogo a vida dos portugueses, é importante perder algum tempo nelas e noutras, pois se o não fizermos estaremos a correr o risco de apenas trocar de barrete.


PS destaca-se ainda mais Posted by Hello

quinta-feira, outubro 28, 2004

Tá-se I - Granda mentiroso

Paes do Amaral diz ser tudo mentira, o Marcelo Rebelo de Sousa não foi nada pressionado, é mas é um granda aldrabão. Falta saber o que tem a dizer o PSD & Co sobre as declarações, mas não me admira nada que venham acusar Marcelo de senilidade ou qualquer outra coisa, tipo, sei lá, Conspiração Involuntária...


Marcelo Rebelo de Sousa Posted by Hello

Activismo I - Petição anti-Buttiglione

Está a decorrer uma petição contra o reaccionário Buttiglione, que como se sabe colhe a simpatia da direita nacional e não só, assinem a façam um favor à humanidade :-)

SITE:
http://www.petitiononline.com/buttigli/petition.html

quarta-feira, outubro 27, 2004

Momento de Humor II - Sampaio, mais uma medalha

Jorge Sampaio recebe medalha da Ordem dos Artistas Mímicos pela sua incomum capacidade mímica. Foi reconhecido por prestigiados especialistas na área como sejam o Homem Estátua e o Zé Barnabé. Todos, dos mais aos menos famosos, do circo ao tetro de marionetas, concordam, nunca se viu ninguém com tanto talento nesta área como o Dr. Sampaio, como sublinhou Zé Barnabé numa entrevista – “... é extraordinária a forma como ele consegue imitar uma pessoa realmente preocupada com a situação do país, mesmo os mais atentos por vezes são iludidos...” – Segundo o que se sabe, o juiz internacional escolheu dar a medalha a Jorge Sampaio pela magnífica performance na tomada de posse do Dr. Santana Lopes (outro brilhante artista mas não tão conceituado), a sua firmeza em manter um ar de pesar, que para quem não era especialista nestas matérias deu a ideia inequívoca dum aborrecimento acentuado, roçando a revolta e a frustração, sentimento sentido pela maioria dos portugueses mas não tão evidenciado. Paulo Portas já veio dizer que foi com uma enorme honra patriótica que assistiu à atribuição do prémio, não lhe tendo sido possível conter o impulso de cantar o hino nacional mediante tal magnificência.


À esquerda - Momento de elevada concentração;
À direita - Alegria no momento do anúncio do premiado, Sampaio rodeado por elementos da comitiva PS.Posted by Hello

A medalha das medalhas dos artistas mímicos. Posted by Hello

terça-feira, outubro 26, 2004

DocLisboa II

Como alguns já devem ter reparado, existe um interesse acentuado por parte da União Europeia e muito também pela França, de fazer sobressair o cinema europeu face ao cinema norte-americano, que domina quase por absoluto os circuitos comerciais. No caso dos franceses que por vezes até são um pouco nacionalistas, existe um culto da língua francesa que já levou à tentativa de alteração do nome Walkman por um nome qualquer francês, que eu não sei qual é mas nem mesmo os franceses sabem, pois ninguém respeitou essa intenção forçada por parte de uns certos eruditos franceses.
Mas isto tudo para dizer o quê? Para dizer que, sendo o DocLisboa uma iniciativa muito positiva e tendo como pressuposto um acesso relativamente barato; já não concordo quando dizem que é uma das poucas possibilidades que o público tem de os visionar. Porque isso não é mais do que uma mentira nos dias de hoje, e em certa medida revela uma desresponsabilização por parte das entidades competentes. A pergunta é simples, sendo grande parte desses filmes franceses, e dando eles uma imagem alargada e mais clara da realidade humana, porque raio os franceses não se deixam de “cocosices” e os colocam na net para se poder fazer o download deles, volto a repetir, ponham os filmes na net através de mirrors, como fazem as distribuições linux, que são maiores de que qualquer filme. Para se ter uma ideia, uma distribuição linux ocupa normalmente 3 cd’s rom, enquanto um filme de hora e meia cabe perfeitamente (com boa qualidade de imagem) num único cd-rom codificado em AVI. É que, se os franceses querem realmente ter um impacto na cultura mundial como os americanos têm, e um dia terem os seu “Are you talking to me?” está na altura de fazerem algum investimento nesse sentido, ficaria-mos todos a ganhar. E não venham com a conversa da tanga de que há muitos filmes e não dava para por todos, ou que alguns ainda estão no circuito comercial, porque tudo isso se resolve através de uma selecção e de um tempo de espera durante as exibições dos mesmos, tenho a certeza que o culto dos filmes franceses levaria mais gente a vê-los do que o contrário. Se se quer que estes filmes sejam vistos como uma tentativa real de se mudar o mundo, então a sua constante censura monetária levar-nos-á a questionar essa boa intenção.


Amelie Poulain - Fonte eMule Posted by Hello

Momento de Humor I


Vá lá!! Posted by Hello

segunda-feira, outubro 25, 2004

DocLisboa I

Atenção pessoal, se querem ver algum filme tenham em atenção o facto de haver muita gente a ir, eu já fiquei sem ver um filme que me interessava por causa da sessão estar esgotada.
Para mais informações consultem o seguinte site: http://www.culturgest.pt


doclisboa - Culturgest Posted by Hello

Túnel do Rossio I

Mais uma vez temos um governo cheio de certezas, o problema não tem nada a ver com o túnel da Rotunda. O Povo esse está cheio de dúvidas, não só sobre quais as causas que levaram ao problema no túnel do Rossio mas principalmente sobre a certeza de estar acordado e isto tudo não passar de um pesadelo, é que está tudo a ser tão rápido que cada vez mais se pensa que isto simplesmente não pode estar a acontecer. Mas infelizmente está, voltando ao túnel, só existe na realidade uma certeza, não foi causado por uma invasão alienígena, mas sim por uma outra coisa qualquer com uma explicação mais lógica, que como toda a lógica é uma questão de estudo e não uma questão de fé. Embora António Mexia acredite que a vulnerabilidade do túnel esteja restrita a duas vezes o diâmetro do túnel há que dizer que milagres só em Fátima, embora se possa dizer que estando garantida a estabilidade do solo na envolvência do túnel em +- 2 vezes o seu diâmetro, isto não quer dizer que alterações desse solo bem mais longínquas não possam afectar essa mesma envolvência. No que diz respeito a movimentos de terras, deslocamentos ou deslizamentos destas, a água é quase sempre um dos principais culpados, e penso sinceramente que estas últimas chuvadas possam bem estar relacionadas com o actual estado do túnel. E se acrescentarmos a isto o facto de que nos anos anteriores também ouve chuvas igualmente intensas que não levaram ao encerramento do túnel, percebemos que talvez possa haver alguma coisa que recentemente se tenha colocado no meio do escoamento normal das águas, mas que coisa será essa? Ora aí está um mistério, é por isso que penso que o Arq. Sá Fernandes tem toda a razão em exigir um inquérito independente a todo este fenómeno do entroncamento, INDEPENDENTE, não uma investigação pseudo elitista sob as ordens de um Bagão qualquer. Há que esperar, e resistir à canção de embalar deste governo para se tirarem as devidas conclusões.


Santana Flopes em missão oficial Posted by Hello

Patenteamento de software I – Retrocesso civilizacional

Penso que é revelador de uma grande pobreza de espírito considerar-se que o software livre é algo imoral ou desprovido de qualquer caracter progressivo como se ouve por aí dizer.

Tentar tornar o software algo como propriedade de conhecimento e de descoberta humana assemelha-se ao patenteamento de genes humanos, que levaram já ao impedimento de certas investigações por parte de muitos laboratórios estatais franceses, por incapacidade de pagar essas patentes que têm obviamente um preço claramente subjectivo, com o único objectivo de obtenção de riqueza através da vontade de progresso das populações que assim se vê travada. Historicamente isto só se compara à idade média em que o conhecimento era algo fruto de génios e de entidades superiores acima de qualquer comum mortal, e que se definiam como técnicas profissionais que só os bons que as descobriam as poderiam utilizar. Era até visto com toda a legitimidade, pois se um médico descobrisse uma forma de tratamento a ele e só ele cabia o direito de a explorar. É obvio, pelo menos para quem tem alguma cabeça, que este tipo de modelo levava a um enorme retrocesso civilizacional, assim, deu-se o primeiro passo através da criação das enciclopédias a primeira tentativa de reunião de um conjunto global de conhecimentos, e da criação da universidade com base nessa globalidade e liberdade de acesso a esses mesmo conhecimentos, graças à aceitação por parte de muitos eruditos de abdicar em nome da partilha desses mesmo conhecimentos. Quanto ao facto de saber se formam obrigados a isso ou se foi mero humanismo por parte dos intervenientes, não sei e penso que não é relevante para esta discussão.

Quanto a comparações de patentes sobre software com outras como sejam peças de automóveis, mecanismos vários, não têm fundamento. Embora eu pessoalmente também não concorde com as patentes de objectos concretos como as peças de um automóvel, estas últimas fazem da força do seu rendimento a produção desses mesmos produtos, existindo assim um custo unitário que teoricamente reflecte um custo de produção dessa mesma unidade, enquanto no caso do software, por estarmos a falar de uma industria completamente diferente, a nível de capital inicial necessário, o pagamento reporta-se a direitos, e não a trabalho real realizado, como seja o caso de uma médico que para mais receber mais consultas tem de realizar. Pode-se dizer, mas na produção de software existe trabalho, esse de alguma forma terá de ser pago. Claro que sim, aliás, não deverá haver nenhum trabalho que não seja justamente pago seja em que área for. Mas isso não nos deve levar a cometer o erro de tornar o conhecimento humano numa mercadoria, ou seja, um professor é pago para dar aulas, não é pago pelos conhecimentos que possui. Se assim fosse, chegaria-mos ao extremo, de termos professores dependentes de empresas com o poder acumulado devido a muitos do conhecimentos sua propriedade, dependência essa que levaria ao pagamento por parte dos professores de licenças de utilização de conhecimento, e de vínculos exclusivos a essas mesmas empresas, fora das quais se viriam literalmente proibidos de leccionar. Corre-se o mesmo risco de chegar-mos a ter programadores que não poderão exercer a sua profissão fora de uma qualquer empresa poderosa, que claramente está interessada em os usar numa óptica meramente lucrativa que nada tem a ver com o progresso humano ou o interesse dos próprios programadores. Ou seja, um programador se quiser prestar os seus serviços a uma empresa privada, deverá ter todo o direito de o fazer, da mesmo forma que aquele que não quiser. Mas se quisermos ir mais longe e argumentar-mos que apenas um destes dois modelos poderá sobreviver, então teremos de escolher aquele que mais progresso representa para as populações e que melhor serve o interesse de todos e não de meia dúzia, pois segundo o modelo democrático o interesse de muitos deve sobrepor-se ao interesse de poucos, salvaguardando obviamente os direitos mínimos de dignidade humana, que não serão obviamente postos em causa no caso do software livre, bem pelo contrário.
Para acabar, quem diz que o software livre não representa progresso, terá claramente de ser apelidado de ignorante, actualmente não se trata de descrença, mas de pura ignorância, estudos feitos sobre a Internet demonstram que a grande maioria de servidores assenta em software livre como seja a base de dados MySQL, a linguagem de programação PHP ou Perl, o servidor Apache entre outros, produtos reveladores do poder da filosofia Open Source. Não me esqueço dos tempos em que estudei no técnico, e lembro-me que não havia ninguém que comprasse os programas que usava, pois se assim fosse ninguém estudaria. O caminho que se tem para escolher é um de dois, prender todos os terroristas e piratas que se formam nas universidades recorrendo ao software pirateado, ou permitir que o software opensource cresça ainda mais e a hipocrisia acabe.

É a todos nós que cabe escolher.

LINKS:
Petição pelo software livre:
http://petition.eurolinux.org/
Áudios e textos de Richard Stallman sobre patentes e as suas implicações.
http://www.cl.cam.ac.uk/%7Emgk25/stallman-patents.html



METROPOLIS
Posted by Hello